terça-feira, 22 de março de 2011

As Principais Correntes do séc. XX e XXI

Behaviorismo
 
John Watson, como forma de tornar a psicologia uma ciência aplicável aos animais e seres humanos, fundou o behaviorismo. Esta teoria, chamada a teoria do estímulo-resposta (comportamentalismo), consiste num estudo experimental e objectivo dos comportamentos dos seres humanos na relação com os estímulos a que estes estão sujeitos.

Isto leva a psicologia a preocupar-se mais com os comportamentos objectivos, concretos e observáveis, e em adoptar métodos objectivos.
A teoria defendida por Watson tem como base um estímulo que provoca sempre uma resposta, sendo possível prever os comportamentos e controlar a produção desses comportamentos (dos mais simples para os mais complexos) –  E-->R
Sendo uma teoria que valoriza o que é observável e que limita o estudo dos processos cognitivos, é criticada por Piaget, que através do construtivismo, estuda a construção da personalidade.


Visto que a nossa personalidade é construída através de factores externos, essencialmente sociais e culturais, e que é evidenciada nos comportamentos/pensamentos, pensamos que ambas as teorias estão incompletas quanto ao conhecimento do ser humano, pois só em conjunto conseguem explicar exactamente como o Homem se processa/comporta no meio social.


Psicanálise

Como a psicologia demonstrou ser uma ciência que estudava apenas a razão e a consciência, Freud, querendo contraria-la, decidiu estudar aquilo que não é observável no ser humano (a olho nu) ao qual deu o nome de “inconsciente”.
Para ele, a vida humana é estudada a partir da motivação básica, do impulso sexual ou princípio do prazer, que faz parte do nosso inconsciente, ou seja, as pulsões, os medos, os desejos, não obedecendo à lógica ou à moral.
Assim, só podem ser estudados através de processos indirectos: hipnose, interpretação dos sonhos, associação livre, actos falhados e transferência.

A Psicologia Científica (cont.)


Funcionalismo

No funcionalismo, o objectivo da psicologia não era analisar a mente nos seus elementos, mas estudar a consciência como um processo contínuo, como uma corrente.
O que importa é responder às questões “o que fazem os Homens?” e “porque o fazem?”

William James – criticou os métodos e os propósitos estruturalistas. A consciência é o centro das suas preocupações e procura a compreensão do seu funcionamento, em especial os processos adaptativos homem-ambiente, na medida em que o homem usa a “mente” para se adaptar ao meio.

John Dewey adoptou o ponto de vista de James, convertendo-se no fundador do funcionalismo; atacou o estruturalismo e propôs que se estudasse o organismo funcionando como um todo no seu ambiente.

O funcionalismo ainda hoje exerce influência primordial sobre a psicologia!

Tal como o estruturalismo, o funcionalismo também desapareceu mas a sua herança permanece na psicologia moderna americana pela atenção dada aos processos envolvidos na adaptação ao ambiente.

A Psicologia Científica


Psicologia como ciência

Com o surgimento dos primeiros mestres da filosofia, ocorre o desenvolvimento dos vários ramos do saber, nomeadamente a psicologia, mas só no fim do séc. XVI é que surge este termo com Rudolph Goclenius (psyquê – alma/ logos – ciência).

Desta forma, o homem começa a olhar para si próprio, para se compreender, e a olhar para o mundo, talvez para conseguir perceber qual a influência que o mundo tem sobre si e na construção da sua personalidade, mais propriamente.

Nós concordamos com tal afirmação, visto que cada vez mais as pessoas recorrem à psicologia como forma de perceberem os seus comportamentos e quais os processos psíquicos que na base desses comportamentos.


Estruturalismo
 
Wundt – criação do primeiro laboratório de psicologia experimental. Diferencia-se assim da filosofia conquistando a sua autonomia

Tal como na física, a psicologia também tinha que ter a sua unidade fundamental. Esta unidade não era mais do que os sentimentos e as sensações das pessoas que se encontravam na base dos processos mentais mais complexos.

No seu laboratório recorreu ao processo da introspecção mas de um modo controlado com o objectivo de conhecer as estruturas da mente.

Apesar do estruturalismo ter sido criado por Wundt, foi Edward Titchner (o seu seguidor ) que usou o estruturalismo para o diferenciar do funcionalismo.
Formulou o conceito de erro para designar o erro resultante de se fixar a atenção nas propriedades conhecidas dos estímulos mais do que na própria experiência sensorial.


 
Embora o estruturalismo tenha desaparecido, dele ficou a preocupação da análise minuciosa de todos os componentes de uma função ou duma competência, como acontece ainda hoje na psicologia cognitiva.